O NHP esteve à conversa com Rita Batista do UD Vilafranquense.

 

O NHP esteve à conversa com Rita Batista do UD Vilafranquense.

NHP - Quem é Rita Batista dentro e fora dos ringues?
Rita Batista - Penso que é unânime sobre aquilo que dizem sobre quem eu sou fora e dentro dos ringues e não podia concordar mais.
Dentro de ringue tenho “cara de poucos amigos”, sendo que levo muito a sério o que estou a fazer e acabo por ser uma jogadora bastante aguerrida onde muitas vezes tolda a opinião dos outros de como sou, mas fora dos ringues sou uma pessoa bastante divertida, bastante afável e muitas vezes a mais “parva” da equipa.

NHP Como nasceu esta vontade de jogar hóquei?
Rita Batista A família da parte do meu pai é toda ligada ao Hóquei e então eu não ia poder fugir a isso e foi assim que surgiu o hóquei em patins na minha vida, além de que morar ao lado de um pavilhão ainda ajudou mais a que nascesse este amor pelo hóquei em patins.

NHP - Quais os clubes que já representastes?
Rita Batista Desde que comecei a jogar hóquei que representei o Clube Hóquei dos Carvalhos e agora estou a representar o UD Vilafranquense.

NHP - Algum que deixou marcas? Algum momento de glória?
Rita Batista Sem dúvida que os anos que passei nos Carvalhos foi o que mais me deixou marcas, lá consegui jogar em todas as competições nacionais, que era um objetivo meu.
Talvez o jogo que mais me marcou foi a final da Taça de Portugal de 2018, foi a minha primeira final.

NHP - Como está atualmente o UD Vilafranquense apesar de todas estas restrições?
Rita Batista Neste momento a equipa feminina é a única a praticar modalidade de pavilhão.  

NHP - Foi fácil a adaptação a esta nova realidade? Triste jogar com pavilhões vazios…
Rita Batista Não é fácil para todos os atletas viver esta nova realidade sem público, estávamos habituados a sentir um força extra do público e agora vemo-nos num pavilhão vazio, sem sentir o calor de todos os adeptos. Foi algo difícil de “aceitar” ao início, mas agora aquilo que nos faz pensar menos nisso, é saber que podemos continuar a fazer aquilo que mais gostamos.

NHP - O hóquei feminino... Sentem-se apoiadas?
Rita Batista Penso que essa é a pergunta de 1 milhão. Em geral o desporto feminino acaba sempre por cair para segundo plano, infelizmente, mas penso que a medida que os tempos mudam vê-se que as coisas acabam por se alterar quando vemos os ditos “clubes grandes” a apostar no desporto feminino. Em específico no hóquei em patins, vemos alguns novos clubes a surgir, mas ainda estamos longe do que poderíamos ser, falta uma maior visibilidade do desporto, para que haja um surgimento de mais patrocinios e de mais clubes para que o hóquei feminino se possa expandir e volte a ter, como já teve, 2 divisões ou até mais.

NHP - Se fosses Ministra do Desporto o que mudavas?
Rita Batista Levaria a que o Estado apoiasse mais o Desporto, sente-se bastante nas modalidades amadoras uma dificuldade em poder evoluir por falta de verbas e um apoio estadual por mais ínfimo que fosse poderia levar a uma melhoria de clubes amadores e até mesmo ao surgimento de novos porque o desporto é um direito na vida de todos e o Estado deve sempre salvaguarda-lo ao máximo.

NHP - Qual o jogador ou jogadora que te inspirou para a modalidade?
Rita Batista Tenho vários jogadores que me inspiraram e ainda inspiram. Carlos López, Reinaldo Ventura, Inês Vieira, Hélder Nunes, Jordi Adroher, Ana Catarina, Nolito Romero, João Rodrigues, entre tantos outros.
Não me consigo decidir por apenas um, visto que cada um deles e de tantos outros possuem imensas qualidades que veja como inspiração.

NHP - Objectivos futuros?
Rita Batista Os objetivos futuros são sempre almejar mais longe do que o dia anterior. É trabalhar bastante para conseguir alcançar tantos os objetivos coletivos da equipa, como os objetivos individuais.   

NHP - Mensagem para os amantes de hóquei em patins no geral e para os apoiantes do UD Vilafranquense em particular…
Rita Batista Para quem já segue o hóquei em patins e vibra a cada lance e a cada golos, só vos tenho a agradecer porque realmente isso leva a que cada atleta dê sempre mais para poder dar uma felicidade aos adeptos. Continuem do nosso lado que nós continuaremos a dar tudo lá dentro.
Em relação aos apoiantes do UD Vilafranquense, espero que os adeptos possam voltar aos pavilhões e eu posso sentir a vossa força e também garantir que tudo farei para que o UD Vilafranquense consiga conquistar os seus objetivos.

Obrigado!
Vitor Pinto
Notícias Hóquei em Patins

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