O NHP esteve à conversa com Marc Torra. Um campeão em Oliveira de Azeméis.

 

O NHP esteve à conversa com Marc Torra. Um campeão em Oliveira de Azeméis.

NHP - Quando nasceu esta vontade de jogar hóquei em patins?

Marc Torra - Na minha aldeia Tordera, o hóquei era o desporto mais importante e com bastante tradição. Toda a gente ia sempre ver os jogos, e ali apanhei esta paixão pelo o hóquei em patins. Para além disso o meu avô foi presidente do clube e o meu tio jogou também no Tordera. Estes foram os principais motivos pela minha paixão no hóquei.

NHP - Quais os clubes que já representaste? Qual o que te marcou mais?

Marc Torra - Joguei no CP Tordera, Lloret, Vic, Barcelona, Benfica, Reus e Oliveirense.

Todas as equipas que passei foram um upgrade para mim, e em todas aprendi tanto desportivamente como pessoalmente.

NHP - Jogar em Oliveira de Azeméis há 3 anos na UDO é um sentimento emotivo? 

Marc Torra - Sim é! Voltei a Portugal para iniciar um projeto ambicioso, comprometido e ganhador com este clube. E estamos a lutar para isso!

Desde o primeiro dia, eu e a minha família, sentimo-nos como em casa. Estamos muito agradecidos por tudo isso.

NHP - Que jogador te inspirou mais no hóquei em patins?

Marc Torra - Nenhum. Sempre tentei apanhar o que eu acho que para mim é o melhor de cada jogador, e não só no hóquei, para moldar o que eu sou agora..

NHP - Uma glória vivida na tua carreira de hóquista?

Marc Torra - Por sorte, há muitas… Lembro-me bastante do um mundial com a seleção espanhola, eu tinha 20 anos. E foi de mais.

Também o primeiro titulo pessoal ao vencer a taça do Rei com o Vic...

A Primeira Champions que ganhei na minha carreira com o FC Barcelona...

E sem duvida, a Taça de Portugal que ganhamos com a Oliveirense em 2019, em nossa casa e em frente aos nossos adeptos! 

NHP - E um momento amargo, mas que ficará na tua história?

Marc Torra - Há muitos, da mesma forma que ganhei muitos titulos, também perdi muitos. É se calhar o momento mais amargo que tem o desporto. Mas temos sempre de levar para o lado positivo e poder aprender com essas derrotas, para que no futuro se possam transformar em vitorias.

NHP - E por falar em futuro… O futuro de Marc Torra?

Marc Torra - O futuro é o próximo treino, e o próximo jogo… É assim que tento olhar para o futuro... É assim que fico feliz. Poder fazer o que mais gosto a cada dia.

NHP - Jogar debaixo desta pandemia foi e continua a ser complicado?

Marc Torra - É muito complicado! Nós os jogadores, jogamos por e para os adeptos. Sem eles não faz sentido o nosso trabalho.

Os nossos adeptos e a claque da Oliveirense sempre foram sentidos perto de nós, porque sempre estão ao nosso lado mesmo que não possam estar nas bancadas… Trabalhamos durante a semana toda, para poder fazer o melhor possível nos jogos e para que se sintam orgulhosos de nós.

NHP - É o sentimento das bancadas vazias...  

Marc Torra - Como dizia anteriormente, é muito estranho...muito! Porque gostava que os pavilhões, seja qual for, estivesse cheio de adeptos! 

Mas é a nova realidade que esperemos que dentro de pouco tempo, os adeptos estejam a acompanhar os nossos jogos em todos os pavilhões.

NHP - Uma mensagem para os amantes do hóquei em patins e uma mensagem para os apoiantes da UD Oliveirense…

Marc Torra - Quero mandar uma mensagem para os nossos adeptos da Oliveirense e para todos: “Não se esqueçam que somos a Oliveirense e que vamos lutar com humildade, trabalho e sacrifício até ao fim para atingir os nossos objectivos”.

Obrigado!

Vitor Pinto

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