Retirado de: abola.pt
Nascido num país onde no futebol crescem ídolos mundiais, Lucas Ordoñez admite que tem nesse desporto os seus mentores, mas que para si a vida só faz sentido «sobre patins». Apesar disso, é com paixão que fala de Lionel Messi e com deferência e dor de Diego Maradona, com quem nunca privou, mas cresceu a amar à distância, como qualquer argentino.
Foi um contacto com Messi que fez o avançado do Benfica correr, embora nem três anos ao serviço do mesmo Barça lhe tenham servido para abrir portas em direção ao ídolo. A perseverança premeia audazes e o hoquista ostenta na sua conta de instagram a prova do momento em que contactou com o ídolo que, afinal, nascera apenas dez meses antes na cidade de Rosário.
«Sempre o idolarei. E, quando cheguei à Europa, via-o como alguém fora de série, que conseguia ser melhor que todos a nível desportivo. Era inatingível chegar até ele. Mesmo quando fui jogar para o Barcelona. Durante os três anos em que lá competi, brincava com os meus colegas, dizendo que haveria de ter um momento em que ia conhecer o Messi, que ia tirar uma foto com ele. Só que, mesmo ali, o futebol é um mundo completamente distinto do das modalidades e nunca o consegui conhecer», contou, empolgado o avançado de 33 anos, satisfeito pelo desfecho feliz que chegou, em 2018, quando a Argentina se preparava para o Mundial de futebol.
«A seleção estava em estágio e o Pablo Alvarez, meu companheiro argentino, lá arranjou forma de nos deixarem ir assistir ao treino deles. Conhecemos a seleção e foi impressionante. Nem sabia o que perguntar ou dizer ao Messi, ou como lhe ia pedir para tirar a fotografia que sempre quis. Foi um sonho tornado realidade. Ele tratou-me muito bem, muito simpático e foi ótimo poder partilhar alguns minutos com ele», prosseguiu, orgulhoso, de novo como uma criança que recebeu o presente que pedira ao Pai Natal.
O semblante de Ordoñez, porém, ensombrou-se quando instado a comentar o significado do desaparecimento de Diego Maradona, falecido a 25 de novembro, para um compatriota. «Estou de luto, como toda a Argentina está. É uma dor muito grande, representou-nos, e não só desportivamente, em todo o mundo. Quando o víamos, era para a Argentina que olhávamos. Era muito menino quando ele jogava, mas toda a gente o conhecia, era o número um. Sempre acreditámos que recuperasse. Já tinha tido tantos problemas e safou-se sempre, pensamos que desta operação também ia melhorar. Foi muito doloroso saber que partiu. Sentimos como se tivesse sido alguém da minha família», refletiu. - in abola.pt
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