Retirado de: plurisports.com
Ainda em período pré-natalício, Lucas Ordoñez, atual melhor marcador do Campeonato Nacional de hóquei em patins, agradeceu a oportunidade de passar a quadra festiva junto da família, na Argentina.
Em entrevista ao jornal "A Bola", o hoquista do Benfica recordou a conquista da Taça 1947 após a paragem forçada por casos da COVID-19.
Natal em família
"Nunca pensámos em ir nesta data, porque sempre coincidia haver poucos dias e demoramos muito tempo até chegar a casa. São cerca de 30 horas de viagem, mas calhou ter uns dias livres, o Clube e o meu treinador autorizaram, aliás, só tenho de estar totalmente grato por isso. As saudades da família são as mais difíceis de suportar em todos estes anos longe de casa. Tanto eu como a minha mulher somos pessoas muito apegadas à família. Falamos muito com os irmãos, os pais e é disso que mais sinto falta quando estou fora. Mal vejo os meus sobrinhos, para a Letícia é igual. Só acompanhamos o crescimento deles pela Internet. Por isso dou tanto valor a momentos como este. Vamos aproveitar ao máximo estes pouquinhos dias que vamos estar lá. Não se pode parar, ou perder a toada do treino. São poucos dias, mas tenho de continuar a treinar. No regresso temos um jogo muito importante com o FC Porto."
Interrupção causada pela COVID-19
"Estávamos a ganhar e a jogar bem em encontros importantes, tínhamos vencido em casa da Oliveirense [3-5] e ganho ao Valongo [2-8] e foi duro quando, praticamente, a maioria dos jogadores soube que estava infetado. Praticamente 90 por cento da equipa testou positivo à COVID-19. Foi difícil parar de jogar e ter de estar fechado. Na primeira quarentena estávamos isolados em casa, mas conseguíamos ir treinando. Neste momento, com a infeção, tínhamos mesmo de estar parados. Uns tinham uns sintomas, outros queixavam-se doutros e isso baixou o nosso nível fisicamente. Só tivemos cinco dias para preparar o jogo. Não foi fácil voltar a ganhar confiança."
Taça 1947
"À medida que fomos avançando na prova, íamos jogando melhor, chegámos à final e ganhámos. Para mim, foi como uma descarga de adrenalina. É a terceira época que jogo aqui, se bem que a segunda não terminámos devido à pandemia e até estávamos bem encaminhados, tinha esperança de ganhá-la. Daí a importância deste título. Por ser o meu primeiro pelo Clube, mas porque vínhamos de uma quarentena por estarmos com COVID-19 e vencemos, ganhando praticamente três finais. Defrontámos equipas muitos fortes. Primeiro o Óquei de Barcelos nos quartos, depois a Oliveirense e, na final, o Sporting. Só pensava em erguer o troféu. Vai ajudar-nos a crescer e a acreditar em nós mesmos. Vamos chegar ao final do Campeonato com outra força."
Uma vida sobre rodas
"O meu avô era jogador de hóquei e foi ele que nos incutiu o bichinho a mim e aos meus três irmãos. Éramos quase uma equipa. Agora sou o único com carreira na modalidade, mas houve uma altura em que jogávamos os quatro e a minha irmã era guarda-redes. Assim que o meu avô me levou ao clube, fiquei encantado. Depressa passou a ser o meu primeiro plano para toda a minha vida. O hóquei deu-me tudo, até a minha mulher, que também era jogadora. Há quase 30 anos que é a minha vida, que vivo sobre patins." - in plurisports.com
Fonte/Foto- SL Benfica
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