O NHP esteve à conversa com Diana Lopes do Clube Atlético Campo de Ourique.

NHP - Quem está por trás de Diana Lopes com e sem patins?

Diana Lopes - Com e sem patins as semelhanças são várias, foco, rigor, determinação, compromisso e responsabilidade. Apenas mudam os objetivos. São vários os objetivos como atleta, mas em primeiro lugar estão os objetivos profissionais.

HNP - Antes de chegar às seniores do C.A.C.O. por onde patinaste?

Diana Lopes - Iniciei a minha formação no Parede Football Clube, onde permaneci durante alguns anos jogando sempre em escalões mistos, até receber a oportunidade de jogar numa competição feminina a convite do Astro Stuart Hóquei Clube de Massamá. Foram 6 épocas ao serviço do clube, sendo que 4 delas jogava tanto em escalão misto como em escalão feminino.

Na época de 2018/2019 assinei pelo Clube Atlético Campo de Ourique, onde permaneço atualmente após renovação com o clube.

NHP - Início de época atribulado, bancadas vazias… Sentes algum desconforto em jogar assim?

Diana Lopes - Desconforto não, mas claramente que o ambiente de bancada numa modalidade como o hóquei patins é muito importante e todos sabemos que pode influenciar direta ou indiretamente um resultado. O apoio é fundamental e em situações adversas pode ser o responsável de uma alavancagem.

NHP - O espírito de equipa é vivido com motivação? Jogar para ganhar?

Diana Lopes - Jogar para ganhar sempre! Não interessa qual o adversário, o primeiro objetivo é sempre esse.

O espírito de equipa tem um papel fundamental, é um suporte para concretizar objetivos e tem de ser vivido com motivação. Uma equipa com um bom espírito de grupo faz a diferença a vários níveis.

NHP - O Campo de Ourique é um clube histórico. Sentes o peso do emblema na tua camisola?

Diana Lopes - Sem dúvida que sinto o peso da camisola, é um privilégio representar um clube de elevada dimensão histórica por onde passaram grandes figuras do hóquei nacional, campões europeus e mundiais.

NHP - O número dessa mesma camisola? A razão de ser?

Diana Lopes - Inicialmente utilizava a camisola número 4, por ser o número da camisola do meu irmão. Numa época, ainda no Parede Football Clube, não tive a possibilidade de ficar com a camisola número 4 e dessa forma optei pela camisola número 6 por influência de uma referência do hóquei patins, de seu nome Reinaldo Ventura. Assim que houve oportunidade de jogar com camisolas além do intervalo de zero a dez, o número escolhido até hoje foi o 66.

NHP - Tens algum momento caricato para nos contar? Bom, menos bom, embaraçoso…

Diana Lopes - Na época 2017/2018, ao serviço da Stuart infelizmente tive uma lesão grave que me levou a parar por completo a atividade desportiva por um período de 6 meses.

Após uma queda num treino com outra colega, foi-me diagnosticado rotura dos ligamentos cruzados. Foram tempos difíceis, recuperação lenta e complexa, de bastante fisioterapia e repouso. Felizmente fui bem acompanhada e consegui recuperar a 100%.

NHP -  Hóquei no feminino em Portugal.  Tem apoiantes de força ou é ignorado?

Diana Lopes - Considero que tem apoiantes de força e cada vez é mais notável. É bom observar todo esse apoio dentro e fora de ringue. 

NHP -  Quem é ou foi o teu ídolo? Aquele ou aquela que te motivou neste percurso?

Diana Lopes - Nunca tive um ídolo em específico. Como referências do hóquei patins tenho Reinaldo Ventura, João Rodrigues, Ricardo Barreiros, Luís Viana, Sérgio Silva, Hélder Nunes, entre outros.

NHP -  O futuro da Diana Lopes passa por onde? Objetivos?

Diana Lopes - Ao nível de atleta são vários, evoluir de forma progressiva, ajudar e apoiar a minha equipa, elevar o nome do clube. Estes são os principais objetivos individuais.

NHP - Mensagem final para os amantes do hóquei patins em geral e para os apoiantes do C.A.C.O. em particular…

Diana Lopes - A todos os amantes do hóquei patins, continuem a acompanhar esta linda modalidade, de longe ou perto conseguirão sempre contribuir para elevar este desporto.

Aos adeptos do C.A.C.O. agradeço por todo o apoio até então prestado, que seja uma continuação por muitos mais anos e votos das maiores felicidades.

Obrigado!

Vitor Pinto

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