O NHP conversou com Raquel Santos. A goleadora do CH Carvalhos.

NHP - Como e quando nasceu essa vontade de jogar hóquei em patins?

Raquel Santos - Esta vontade de jogar hóquei começou desde pequena com 5/6 anos quando a minha mãe inscreveu me na Nortecoope.

NHP - Fora dos patins... Quem é a Raquel Santos?

Raquel Santos - A Raquel não é muito diferente fora e dentro do campo. O único factor que muda é o facto de não ter os patins calçados. Sou uma pessoa simples e com defeitos a melhorar, tal como toda a gente.

foto: AL Fotografia

NHP - Já passaste por vários clubes. Quais foram? Qual o que mais te marcou?

Raquel Santos - Eu já passei por 7 clubes (Nortecoope, Alfena, Vigorosa, Lavra, Infante de Sagres, Académico da Feira e o clube dos Carvalhos, o meu atual clube). O que clube que mais me marcou foi o Lavra, pois foi onde eu evolui como pessoa e jogadora, e foi onde "começou" a minha carreira de hoquista.

NHP - E a seleção nacional? 

Raquel Santos - Espero um dia representar a camisola do meu país e conseguir ajudar a conquistar vitórias para Portugal. O sonho de ir à seleção é uma das principais razões pelo qual eu esforço me nos treinos e nos jogos para atingir esse grande objetivo.

NHP - Como está a correr este início de campeonato?

Raquel Santos - O início do campeonato está a correr muito bem a nível coletivo como individual, apesar das devidas circunstâncias que nos encontramos atualmente.  Na equipa houve várias mudanças, mas as minhas colegas que entraram já jogaram comigo na APP, portanto, facilitou as mudanças que ocorreram. O objetivo é sempre o mesmo, chegar o mais longe possível no campeonato nacional.

NHP - Depois de tantos meses parada... há muita fome de golos, concordas?

Raquel Santos - Depois de muitos meses parada não existe fome de golos, mas sim de jogar. O primeiro jogo que fizemos ao fim de 4 meses paradas foi uma explosão de sentimentos que já não sentia algum tempo. O nervosismo inicial antes do jogo, a ansiedade, os pensamentos, todos estes fatores contribuíram para o meu sentimento de saudade.

NHP - Tantos golos concretizados de tua parte, mas com uma emoção diferente do normal... bancadas vazias...

Raquel Santos - Claro que não é a mesma coisa sem público, mas graças às tecnologias é possível gravar o jogo para as pessoas acompanharem. O público, claro, dava e dá sempre uma adrenalina que uma pessoa, mesmo cansada, ficava cheia de pica para continuar a jogar. Com público ou sem público o objetivo e a motivação é igual que é ganhar e fazer o melhor que sabemos.

NHP - Conta-nos algum momento engraçado ou embaraçado na tua carreira no hóquei em patins.

Raquel Santos - Embaraçoso tenho muitos nos treinos por cair, mas em nenhum em particular . Momentos divertidos tenho muitos nos balneários ou nas viagens que faziamos na carrinha, mas acho que isso é como em Las Vegas, o que se passa lá fica lá ahahaha.

NHP - O futuro da Raquel Santos? Internacionalização?

Raquel Santos - Eu espero ver me a representar o meu país como disse numas das perguntas anteriormente, assim como ajudar a conquistar o máximo troféus possíveis pela seleção e de divertir me o máximo que conseguir ao fazer o que mais gosto,que é jogar hóquei em patins. 

NHP - Sentes que o hóquei feminino é apoiado em Portugal?

Raquel Santos - Na minha opinião o apoio ao hóquei feminino tem evoluído ao longo dos anos, e espero que assim continue. O feminino merece mais reconhecimento em todas as modalidades portanto "bota" apoiar o feminino!

foto: AL Fotografia

NHP - O número na camisola? Razão de ser?

Raquel Santos - O meu número da camisola é o 95 pois é o meu número mais o da minha mãe (9 o meu, 5, o da minha mãe).

NHP - Mensagem para os amantes do hóquei em patins em geral e para os adeptos do CH Carvalhos em particular...

Raquel Santos - Continuem com a mesma força de sempre!!

Força Carvalhos!! Com garra e determinação! 

Obrigado!

Vitor Pinto

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